quarta-feira, 11 de novembro de 2009

www.mulheremidia.org.br

Articulação Mulher & Mídia

A luta das mulheres por outra imagem nos meios de comunicação é histórica. Mas, em 2007, um importante passo foi dado para organizar o movimento feminista em busca de resultados mais concretos. Em meio à preparação do 8 de Março, por iniciativa do Observatório da Mulher, entidades realizaram um abaixo-assinado em protesto à imagem estereotipada da mulher na programação da TV brasileira. Com o objetivo de abrir um canal de diálogo com as emissoras de televisão, o documento foi encaminhado ao Ministério Público Federal, por meio da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, solicitando um direito de resposta coletivo ao movimento. No dia 23 de abril, uma concorrida audiência pública no MPF colocou as mulheres frente à frente às emissoras.

Deste debate, surgiu uma rodada de visitas aos canais de TV, para que o movimento tivesse a oportunidade de dialogar com representantes dos departamentos de programação e conteúdo das emissoras. Com boa receptividade por parte desses profissionais, na maioria das emissoras, esse movimento de pouco adiantou. Em 14 de junho, na audiência de resposta no MPF, organizadas em torno de suas entidades representativas (ABRA e Abert), as emissoras revelaram grande arrogância e receio de abrir algum precedente jurídico; recusaram-se a modificar o conteúdo de sua programação de forma a garantir, na tela, uma representação mais democrática da diversidade das mulheres.

Deste processo surge a Articulação Mulher & Mídia, uma frente de várias entidades feministas e de mulheres, que concordam com a urgência desta luta. Com a realização de um seminário ampliado na CUT, no mês de maio, em São Paulo, e diversas conferências, palestras e debates que se seguiram, as entidades abaixo passaram a atuar juntas pelo controle social da imagem da mulher na mídia. Incluímos o tema na pauta dos 16 Dias de Ativismo Contra a Violência Contra a Mulher e passamos a participar das atividades do movimento pela democratização da comunicação.

A organização das mulheres em torno do tema levou à aprovação, na II Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, de um eixo específico sobre comunicação e cultura democráticas. Foi então que, com o apoio da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, demos início à construção deste seminário nacional. Um ano depois da audiência pública realizada em São Paulo, em 23 de abril de 2008, centenas de mulheres, em 14 estados brasileiros, participaram de uma videoconferência, dando largada aos preparativos para o nosso grande encontro presencial. E a história continua!



Articulação Mulher & Mídia

Observatório da Mulher; Marcha Mundial das Mulheres; União de Mulheres; Coletivo de Mulheres Ana Montenegro; Instituto Patrícia Galvão; Geledés; SOF – Sempre Viva Organização Feminista; CIM - Centro Informação Mulher; Rede Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos; Secretaria Municipal de Combate ao Racismo PT/SP; LBL/SP - Liga Brasileira de Lésbicas; CoMulher – Comunicação Mulher; Coletivo Feminista de Sexualidade e Saúde; Mulheres do Intervozes-Coletivo Brasil de Comunicação Social; Fala Preta! Organização de Mulheres Negras; Coletivo de Mulheres Negras – RJ; Coletivo de Mulheres Negras da Amazônia; Secretaria Municipal de Mulheres do PT; Secretaria Estadual sobre a Mulher Trabalhadora da CUT/SP; Secretaria Nacional sobre a Mulher Trabalhadora da CUT; Secretaria Nacional de Comunicação da CUT; Secretaria Estadual de Comunicação da CUT; CONEN - Coordenação Nacional da Entidades Negras; União dos Movimentos de Moradia da Grande São Paulo.


Fonte:www.mulheremidia.org.br

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